Ela já sabia há tempos que eles iam se mudar. Acompanhara praticamente todas as etapas: o pedido, a proposta, a enrolação, a resposta afirmativa, o visto, a compra das passagens, a etapa de não falar nada e, depois de tudo estar certo, contar para todo mundo.
Nas semanas anteriores, tentaram fazer o máximo de coisas juntos: jantar, passar o tempo conversando, viajar... e iam adiando o assunto da despedida. Decidiram deixar o mimimi e lágrimas de lado, só podiam chorar uma vez, no dia de ir embora. E esse dia parecia longe. Mas chegou logo.
Foi ao aeroporto com outras amigas. Achou que ia chorar muito, de soluçar, mas não foi bem assim. Talvez por ainda não ter se tocado totalmente de que eles estavam indo embora de verdade, talvez por ter tanta certeza de que a amizade forte vai sobreviver mesmo com a distância e que eles fizeram a escolha certa que vai ajudá-los a crescer que não quis sofrer, quis somente apoiá-los e pensar que logos eles voltam, que logo ela vai visitá-los. Mesmo assim, algumas lágrimas caíram, foi inevitável.
E então, eles entraram no portão de embarque, e ela ficou. Não um adeus, só um até logo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário