Boa noite pessoas!
Eu já tinha ido dormir, mas não estava conseguindo, tinham muitos pensamentos na minha cabeça e resolvi honrar a função do blog como diário eletrônico:)
Bom, hoje aconteceu um fato no metrô que me fez refletir, foi uma coisa bem simples... agora que estou trabalhando na Paulista e pego metrô no horário comercial, vou toda expremida, enfrento a multidão. Hoje, na volta, não foi diferente e naquele bolo de pessoas que tentavam descer as escadas, havia uma mulher um pouco perdida que merguntou algo a uma outra mulher que estava naquele bolo, e nada de resposta, então olhei para a mulher perdida e perguntei o que ela queria saber, e era simples, para onde ela tinha que ir para pegar o metrô para o Tucuruvi, assim, falei pra ela e ela se juntou à multidão.Ok, foi errado, mas não consegui não julgar a moça que não respondeu, talvez ela realmente não soubesse, mas quando vi a cena, tive a impressão de que ela simplesmente não se importava. Não sei se é porque São Paulo tem esse ritmo de vida louco, e as pessoas não andam, mas correm, o relógio corre e todos estão sempre sem tempo, atrasados, querendo chegar logo nos lugares, mas aqui as pessoas, no geral, são indiferentes. Tudo bem que não é uma desculpa, mas é assim. Já me peguei várias vezes irritada com a pessoa da minha frente que anda muito devagar, ou muito de mal humor porque as pessoas ficam na porta do metrô quando não vão descer na próxima estação, ando rápido pela rua, quase sem olhar para os lados e não sinto constantemente a dor de ver pessoas morando nas ruas, não como antes, só às vezes.
Uma amiga minha me disse que chora toda a semana na condução, vendo as pessoas, e isso pode parecer uma besteira, ou que ela é muito sensível; e ela disse que queria não chorar mais e não passar vergonha e a nossa conclusão foi que no dia em que isso acontecer, vai ser triste, porque significa que ela se acostumou a ver várias mães com filhos pegando a condução lotada, ou mesmo que esses fatos se tornam indiferentes para nós, afinal, tem tantas pessoas morando na rua, tantas pessoas pedindo dinheiro, tantas pessoas distribuindo papéizinhos...
Aliás, quando eu estava na facul, uma menina dos EUA morou um mês na minha República, e um dia fomos ao centro da cidade, onde tinham pessoas distribuindo panfletos nas ruas e ela simplesmente ignorava as pessoas, o que era muito estranho para mim, mas normal para ela, normal nos EUA. E se eu não tomar cuidado, pode ser que quando alguém me oferecer um papelzinho, em vez de olhar para a pessoa e dizer "não obrigada" com um sorrizinho, eu simplesmente passe a ignorá-la.
Bom, agora eu moro em São Paulo (mas não quero morar aqui pra sempre...) e tenho que me acostumar com a cidade, com o ritmo louco, mas ao mesmo tempo, tomar cuidado para não ficar indiferente ao que acontece ao meu redor, e tentar fazer alguma coisa para melhorar um tequinho a cidade, nem que seja olhar para a pessoa quando ela fala comigo, ou dar uma informação, ou dizer um "não obrigada" a um panfleto (já que se eu pega, nem vou olhar e vou jogar no próximo lixo, e não importa que essas pessoas que distribuem o papel nem liguem e só queiram terminar logo), ou mesmo me sentir triste dentro do metrô, enfim, acho que de pequenos atos, podemos melhorar o mundo.
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