O despertador tocou e ela acordou. Era o primeiro toque, então ela podia dormir uns minutos ainda mais. Só que ela dormiu muito a mais. Perdeu a hora. Acordou num pulo, se trocou, se arrumou em 5 minutos, pegou um pedaço de chocotone e saiu, ainda meio que dormindo e tentando não ficar irritada porque estava atrasada e sabia que acordar atrasada fazia com que seu dia inteiro ficasse estranho.
Conseguiu manter a calma até chegar ao metrô e ver aquele monte de gente. Não conseguiu entrar no primeiro que passou e ficou um pouco brava. O segundo também estava lotado, mas ela deu um jeito, um empurrãozinho, um aperto e entrou. Desceu do metrô para pegar o ônibus. E é claro que como ela estava atrasada, o ônibus ia demorar. Tentou de novo manter a calma e pensar que poderia dormir um pouco a mais no ônibus.
Acordou no ponto, desceu e chegou ao trabalho. Deu um gás para tentar fazer muitas coisas, mas quando ela perdia a hora, perdia o dia, tudo ficava corrido, fora de lugar. Sentiu uma leve dor de cabeça, não sabia se era porque tinha perdido a hora ou porque seus óculos ficavam mais na mochila do que no rosto. Foi embora. Como teve que sair mais tarde, o ônibus estava lotado. Não pegou o primeiro. Começou a chover e ela disse a si mesma, pela enésima vez, que deveria sempre pegar o primeiro ônibus que passasse.
Pegou o ônibus e foi a um ensaio de músicas, mais para dar apoio moral que para cantar, afinal cantar não é o seu forte.
Voltou pra casa, assistiu TV, jantou, queria arrumar a casa, mas não conseguiu, então, foi dormir para não perder a hora no dia seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário