Fiz mais um curso sobre podcast e fizemos um podcast chamado "Batendo Prova" e mandei uma historinha que escrevo aqui:
Olá, pessoal!!
Eu sou a Tatiana e vim contar uma historinha minha com o mercado editorial.
Há alguns anos, consegui meu primeiro emprego em uma editora. Ela se chama Panini. Se você gosta de histórias em quadrinhos, é provável que conheça bem essa editora. Se você não liga tanto para HQs, talvez não ache esse nome familiar, mas com certeza você conhece os dois produtos principais: os gibis da Turma da Mônica e o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de futebol.
No meu primeiro dia, eu nem fiz uma coisa tão legal, eu revisei um gibi do Astronauta, que com certeza não é um dos meus personagens favoritos. Mesmo assim, fui embora no fim do dia pensando que tinha achado meu emprego dos sonhos e que queria trabalhar lá pelo resto da minha vida. Só que pelo resto da vida é tempo demais e fui percebendo que não existe o trabalho dos sonhos, que aquela frase "trabalhe com o que você ama e não trabalhará nem um dia" não é verdadeira, um trabalho sempre é um trabalho. É claro que fiz coisas incríveis, como traduzir um livro pop-up de Game of Thrones, ver o último Harry Potter antes dos meus amigos para poder editar um dos livros sobre o filme, passar o dia lendo gibis da Turma da Mônica... mas também fiz coisas não tão legais para mim, como editar um livro sobre UFC ou passar o dia fazendo jogos dos 7 erros para conferir as respostas. E é claro que um dia o trabalho dos sonhos não era mais o trabalho dos sonhos e um ciclo muito divertido se fechou.
Nossa, acho que estou sendo muito filosófica na minha historinha, então, vou terminar contando um causo que aconteceu comigo na Panini.
Estava eu um dia no trabalho quando o telefone do meu chefe tocou. Como ele tinha saído, fui atender:
- Alô.
- Alô, quem tá falando?
- É a Tatiana.
- É da Panini?
- Sim.
- O Fulano (meu chefe) está?
- Não, ele saiu. Quer deixar recado?
- Ele vai voltar hoje?
- Sim.
- Então fala que o Mauricio ligou.
Daí na hora pensei: Mauricio de Sousa :O e só consegui responder:
- Tá bom. Tchau.
Quando meu chefe chegou, dei o recado e no fim da ligação só ouvi o meu nome. Depois, meu chefe contou que a conversa foi mais ou menos assim:
- Aquela menina que atendeu o telefone é sua filha?
(Porque, como vocês podem ouvir, tenho voz de criança)
- A Tatiana? Não, ela é nossa editora-assistente.
- Vocês estão contratando crianças agora?
E essa é uma das minhas histórias de mercado editorial. Espero que tenham gostado!
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