Como diz o título, são fragmentos da minha vida, alguns fatos marcantes, importantes, da rotina. E, é claro, como na minha vida existem várias pessoas, esse blog vai acabar virando "Fragmentos de várias vidas". Espero que seja divertoso!



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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Vamos refletir...

Gente, que ano é esse? Vocês também estão sentindo que tem coisas demais acontecendo? Cada dia, uma notícia bombástica... e ainda estamos na metade do segundo mês do ano...
Não sei se tem mais coisas acontecendo, ou se temos muito mais acesso a informações, ou se os desastres estão maiores, ou se estamos ficando mais exagerados com tudo... só sei que estou tendo dificuldades em ficar antenada em todas as coisas e não deixar que sejam só mais uma notícia ruim, no sentido de parar de me sentir sensibilizada com os desastres, afinal, são pessoas morrendo e sofrendo, não é mesmo?
Só que ficam todos sensibilizados, achando um absurdo o pouco caso das autoridades ou dos responsáveis, cobram medidas e logo esquecem. Acontece outra coisa e o foco muda e o desastre anterior fica esquecido até acontecer de novo (vide Mariana e Brumadinho).
O fato é que temos reflexões muito mais profundas a fazer do que só o desastre em si. Por exemplo, Brumadinho: construíram a barragem menos segura porque era a mais barata, portanto, dinheiro acima de vidas, afinal, eram os funcionários, pessoas pouco valorizadas; depois do acidente, os responsáveis não são punidos (Mariana está aí para provar, sequer tiveram que pagar multas); e as pessoas... não são só as vítimas, seus familiares e amigos que sofrem, mas é toda a cidade. Acontece que algumas das cidades onde há a Vale giram em torno da mineradora, então o comércio, a estrutura existe porque os trabalhadores se mudam para lá. Quando acontece um desastre, essa estrutura também acaba e esses são efeitos que não serão discutidos; esses moradores não receberão indenizações porque não estavam diretamente ligados à empresa, mas sofrerão como toda a cidade. O caso do Flamengo: o time de base que dormia em contêineres enquanto o time principal tem todo o conforto, mas pelo menos, eles tinham alojamento; ouvi em um podcast que tem times em que os jogadores dormem debaixo da arquibancada. E daí, você pensa, o que leva uma pessoa a viver assim? O sonho de ser jogador de futebol, mas não só, muitos querem dar uma vida melhor à família e pode ser que tenha algum caso em que dormir debaixo da arquibancada pode ser melhor do que a situação da família. Um dos jogadores não foi para casa porque o Rio está perigoso e não era seguro andar pela cidade à noite, então ficou por lá. Veja a que ponto chegamos...
Enfim, temos que nos comover e discutir tudo o que está acontecendo para melhorar. Ou pode ser que precisemos chegar ao fundo do poço para mudar, mas espero realmente que não.

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