Como diz o título, são fragmentos da minha vida, alguns fatos marcantes, importantes, da rotina. E, é claro, como na minha vida existem várias pessoas, esse blog vai acabar virando "Fragmentos de várias vidas". Espero que seja divertoso!



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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

O metrô de São Paulo

Fui convidada para participar de um podcast, contando uma história que se passa em São Paulo. Decidi falar sobre o metrô. Para ouvir, é só clicar.

Escrevi o texto, porque não conseguiria falar direto, então, se preferir, pode ler aqui em vez de ouvir.

Fiquei pensando em qual história contar, porque eu sou do interior na verdade e morei na capital só durante alguns anos da minha vida. Mesmo assim, conheci alguns pontos incríveis da cidade sobre os quais seria legal contar uma história, como os pontos turísticos, os inúmeros lugares para comer e beber, os museus, parques...

Mas decidi falar sobre algo simples que contém varias curiosidades e faz parte do dia a dia de muitas pessoas que moram em São Paulo: o metrô. Inclusive, sempre falo que uma maneira de saber se já entrou no ritmo da cidade é ver se você fica com raiva quando tem alguém andando devagar na sua frente no metrô ou uma pessoa parada do lado esquerdo da escada rolante, mesmo que você não esteja atrasada para algum compromisso.

Aliás, isso de ficar parado do lado direito da escada rolante e deixar o lado esquerdo livre é uma das regras nas estações. Uma vez, uma amiga minha de outro estado veio me visitar e ela disse que em São Paulo é como se as pessoas fossem carros, tem todas essas regras sobre o lado em que você pode ficar parado na escada rolante e em algumas estações tem até o lado que você deve andar apontado com umas flechas no chão. E é verdade, tem mesmo. Mas é prático quando as pessoas respeitam. O que é engraçado é ir nos shoppings que ficam nas estações, tipo Santa Cruz, Tatuapé ou Tucuruvi, e observar que lá não tem a regra do lado de ficar parado na escada rolante, mas as pessoas estão tão acostumadas que no shopping fica todo mundo do lado direito da escada.

Uma das coisas que eu acho incrível do metrô é quando você encontra uma pessoa conhecida, porque, considerando o número de pessoas que pegam metrô e o número de metrôs que passam, quais são as chances de você pegar o mesmo metrô no mesmo vagão que alguém que você conhece? Parece quase impossível, mas não tanto depois que você vai aprendendo quais vagões são mais vazios em determinados horários ou quais ficam mais perto da escada rolante na estação em que você vai descer.

Outra coisa legal do metrô é a utilidade dele caso você seja uma pessoa superperdida como eu. Serve muito como ponto de referência do tipo Jabaquara é zona sul, Tucuruvi é zona norte, Itaquera é zona leste e barra funda é zona oeste. E até usam os nomes das estações em vez dos bairros para que as pessoas se localizem. Tipo, Ana Rosa, Vila Mariana e Santa Cruz ficam na Vila Mariana, mas é tão mais fácil falar que tal lugar fica na Ana Rosa. Voltando pras estações, a Sé fica no centro (e aproveito pra dar uma dica, caso você precise passar na Sé às 18h e não queria descer lá, assim que a porta abrir, vá em direção ao corredor, o mais longe possível da porta, porque pode ser que você acabe descendo se não fizer isso). A linha verde passa pela Avenida Paulista e a estação paulista fica na rua da consolação, enquanto a consolação é a última estação da avenida paulista. As linhas amarela e lilás são as que eu mais odeio porque você precisa andar infinitamente para chegar ao metrô e tenho a impressão de que a linha lilás é mais lerda que as outras.

A catraca do metrô também é um ponto de encontro, seja com pessoas que você conhece e marcou de fazer algo ou com a pessoa de quem você comprou alguma coisa e vai pegar no metrô pra economizar o frete. Outra coisa é que em São Paulo, é muito normal as pessoas te darem uma carona só até o metrô e não até a sua casa ou te buscarem no metrô, então também é um ponto de encontro para caronas.

Muitas pessoas passam um tempo considerável no metrô, então encontram formas de tornar o tempo útil, seja lendo, jogando, dormindo, estudando, comendo... eu acho muito interessante observar as pessoas e descobrir quais livros estão lendo ou dar uma espiada no jogo que estão jogando. Dá pra pegar umas dicas boas de vez em quando.

E acho que é isso o que eu tinha para falar, não sei bem se é uma história que se passa na capital paulista, mas acho que é uma narrativa que mostra um pedacinho da vida em São Paulo.

Espero que vocês tenham gostado!

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