Como diz o título, são fragmentos da minha vida, alguns fatos marcantes, importantes, da rotina. E, é claro, como na minha vida existem várias pessoas, esse blog vai acabar virando "Fragmentos de várias vidas". Espero que seja divertoso!



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quarta-feira, 21 de abril de 2021

AmarElo (Emicida) - Sample: Sujeito de Sorte (Belchior)

Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte

Porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte

E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado

E assim já não posso sofrer no ano passado

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro


Eu sonho mais alto que drones

Combustível do meu tipo? A fome

Pra arregaçar como um ciclone (entendeu?)

Pra que amanhã não seja só um ontem

Com um novo nome 

O abutre ronda, ansioso pela queda (sem sorte)

Findo mágoa, mano, sou mais que essa merda (bem mais)

Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda

Estilo água, eu corro no meio das pedra

Na trama, tudo os drama turvo,  eu sou um dramaturgo

Conclama a se afastar da lama, enquanto inflama o mundo 

Sem melodrama, busco grana, isso é hosana em curso 

Capulanas, catanas, buscar nirvana é o recurso 

É um mundo cão pra nóiz, perder não é opção, certo?

De onde o vento faz a curva, brota o papo reto

Num deixo quieto, num tem como deixar quieto

A meta é deixar sem chão, quem riu de nóiz sem teto


Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro 

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro 

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro


Figurinha premiada, brilho no escuro, desde a quebrada avulso

De gorro, alto do morro e os camarada tudo

De peça no forro e os piores impulsos

Só eu e Deus sabe o que é não ter nada, ser expulso

Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso 

Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro, triste

Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro

Mano, rancor é igual tumor envenena raiz 

Onde a platéia só deseja ser feliz (ser feliz)

Com uma presença aérea 

Onde a última tendência é depressão com aparência de férias

Vovó diz, Odiar o diabo é mó boi, difícil é viver no inferno

E vem a tona

Que o mesmo império canalha, que não te leva a sério

Interfere pra te levar a lona

Revide


Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro 

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro 

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro


Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes

Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes, que nem devia tá aqui

Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes

Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nóiz?

Alvos passeando por aí 

Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes

Se isso é sobre vivência, me resumir a sobrevivência 

É roubar o pouco de bom que vivi

Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes

Achar que essas mazelas me definem, é o pior dos crimes 

É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir 


Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro 

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro


Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro


Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro



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