"Cristo, único fundamento da Igreja." (Cf. 1Cor 3,11)
Christ, the Church’s one foundation (cf 1 Cor 3:11)
"Cristo, único fundamento de la Iglesia" (cf 1 Cor 3,11)
"Cristo, unico fondamento della Chiesa" (cf 1 Cor 3,11)
Janeiro - January - Enero - Gennaio/2014
“Cristo, único fundamento da Igreja.” (Cf. 1Cor 3,11)1
Paulo chegou a Corinto no ano 50.
Era uma grande cidade da Grécia, famosa pelo importante porto comercial
e muito animada devido às suas numerosas correntes de pensamento. Ali,
durante 18 meses, o Apóstolo anunciou o Evangelho e lançou as bases de
uma florescente comunidade cristã. Depois dele, outros continuaram a
obra de evangelização. Mas os novos cristãos corriam o risco de
apegar-se aos portadores da mensagem de Cristo, mais do que ao próprio
Cristo. E assim nasciam as facções: “Eu sou de Paulo”, diziam alguns; e outros, referindo-se sempre ao apóstolo de sua preferência: “Eu sou de Apolo”, ou então: “Eu sou de Pedro”.
Diante da divisão que inquietava a comunidade, Paulo, comparando a
Igreja a uma construção, a um templo, afirma com força que os
construtores podem ser muitos, mas um só é o fundamento, a pedra viva:
Cristo Jesus.
Sobretudo neste mês, no qual em muitos países se celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos2,
as Igrejas e as comunidades eclesiais recordam juntas que Cristo é
seuúnico fundamento e que, somente aderindo a Ele e vivendo o seu
Evangelho – que é único –, elas podem encontrar a unidade plena e
visível entre si.
“Cristo, único fundamento da Igreja”.
Alicerçar a nossa vida em Cristo significa ser uma só coisa com Ele,
pensar como Ele pensa, querer aquilo que Ele quer, viver como Ele viveu.
Mas, como podemos nos alicerçar Nele, enraizar-nos Nele? Como podemos nos tornar uma só coisa com Ele?
Colocando em prática o Evangelho.
Jesus é o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus que se fez carne. E se
Ele é a Palavra que assumiu a natureza humana, nós seremos verdadeiros
cristãos se formos homens e mulheres que moldam inteiramente a própria
vida de acordo com a Palavra de Deus.
Se nós vivemos as suas palavras, ou melhor ainda, se as suas palavras
vivem em nós até o ponto de nos transformar em “Palavras vivas”, somos
um com Ele, estreitamo-nos a Ele; não vive mais o “eu” ou o “nós”, mas
em todos vive a Palavra. Isso nos permite pensar que, vivendo assim,
daremos uma contribuição para que a unidade entre todos os cristãos se
torne uma realidade.
Assim como o corpo respira para viver, da mesma forma a alma, para viver, põe em prática a Palavra de Deus.
Um dos primeiros efeitos disso é o nascimento de Jesus em nós e entre
nós, o que provoca uma mudança de mentalidade: injeta no coração de
todos, quer sejam europeus ou asiáticos, ou australianos, ou americanos,
ou africanos, os mesmos sentimentos de Cristo diante das
circunstâncias, de cada pessoa, da sociedade.
[...]
A Palavra vivida nos torna livres dos condicionamentos humanos, gera
alegria, paz, simplicidade, plenitude de vida, luz. Fazendo-nos aderir a
Cristo, transforma-nos pouco a pouco em outros Cristo.
“Cristo, único fundamento da Igreja”.
Mas existe uma Palavra que resume todas as outras: é amar. Amar a Deus e ao próximo. Nessa Palavra Jesus sintetiza “toda a Lei e os Profetas” (cf. Mt 22,40).
O fato é este: cada Palavra, embora sendo expressa em termos humanos e
diversificados, é Palavra de Deus; e uma vez que Deus é Amor, cada
Palavra é amor, é caridade.
Como viveremos, então, neste mês? Como podemos estreitar-nos a
Cristo, “único fundamento da Igreja”? Amando da forma como Ele nos
ensinou.
“Ama e faze o que queres” (in Jo. Ep. tr., 7,8) disse santo
Agostinho, como que sintetizando a norma de vida evangélica; pois quem
ama não erra, mas cumpre plenamente a vontade de Deus.
Chiara Lubich
1) 1Cor3,11: “De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que já está colocado: Jesus Cristo.”
2) Em diversas partes do mundo, os cristãos celebram a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 18 a 25 de janeiro. No Brasil, ela é celebrada entre a Ascensão e Pentecostes (em 2014 será de 1º a 8 de junho). Este ano a frase bíblica escolhida como lema é: “Será que Cristo está dividido?” (1Cor 1,13). A Palavra de Vida de janeiro se enquadra nessa mesma perspectiva.
Este comentário à Palavra de Vida foi publicado originalmente em janeiro de 2005.
2) Em diversas partes do mundo, os cristãos celebram a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 18 a 25 de janeiro. No Brasil, ela é celebrada entre a Ascensão e Pentecostes (em 2014 será de 1º a 8 de junho). Este ano a frase bíblica escolhida como lema é: “Será que Cristo está dividido?” (1Cor 1,13). A Palavra de Vida de janeiro se enquadra nessa mesma perspectiva.
Este comentário à Palavra de Vida foi publicado originalmente em janeiro de 2005.
Christ, the Church’s one foundation (cf 1 Cor 3:11).
In AD 50 Paul arrived in Corinth. It was a large Greek city, well known for its important commercial port and lively because of its many currents of thought. He spent eighteen months there proclaiming the Gospel and laid the basis for a flourishing Christian community. Others came after him and continued the work of evangelization. The new Christians they had evangelized, however, tended to become attached to whoever had brought Christ’s message to them, rather than to Christ himself. Factions arose: ‘I belong to Paul,’ some would say. Others, referring to their own favourite apostle, would say, ‘I belong to Apollos’ or ‘I belong to Peter.’
Faced with the divisions that rocked the community, Paul vigorously intervened. He emphasized that the Church, like a building, like a temple, may have many builders. But it has a sole foundation, the living stone: Jesus Christ.
In this month in particular, during the Week of Prayer for Christian Unity, Christian Churches and communities remember together that Christ is their one foundation and that it is only by following him and living his one Gospel that they will reach full and visible unity among themselves.
Christ, the Church’s one foundation
To base our lives on Christ means to be one with him, to think as he thinks, to want as he wants, to live as he lived.
But how can we be grounded, rooted in him? How can we be perfectly one with him?
By putting the Gospel into practice.
If we live his words, or better, if his words ‘live us’ to the point of making us ‘living Words’, then we will be one with him, bonded with him: it is no longer I or we who live, but the Word in everyone. It’s possible to imagine that living like this we’ll contribute to making unity among Christians a reality.
As the body breathes in order to live, so the soul lives by living the Word of God.
One of the first fruits is the birth of Jesus in us and among us. This causes a change in mentality. It injects into the hearts of all (whether European, Asian, Australian, American or African) the same sentiments that Christ had in the face of circumstances, individuals and society. [...]
The Word lived sets us free from human conditioning. It gives joy, peace, simplicity, fullness of life, light. It makes us follow Christ, transforming us bit by bit into ‘other Christs’.
Christ, the Church’s one foundation
But there is one Word that summarizes all the others. It is love: to love God and our neighbour. In these two commandments Jesus sums up ‘all the law and the prophets’ (Mt 22:40).
The fact is that each Word, although expressed in human terms and in different ways, is the Word of God. Yet since God is Love, every Word is love.
How should we live this month? How can we bind ourselves to Christ ‘the Church’s one foundation’?
Augustine of Hippo once said, ‘Love, and do what you will.’[1] In effect he was summing up the law of Gospel life, because if you love you will not go wrong, you will do God’s will to the full.
[1] Homily 7 on the First Epistle of John, 8
If we live his words, or better, if his words ‘live us’ to the point of making us ‘living Words’, then we will be one with him, bonded with him: it is no longer I or we who live, but the Word in everyone. It’s possible to imagine that living like this we’ll contribute to making unity among Christians a reality.
As the body breathes in order to live, so the soul lives by living the Word of God.
One of the first fruits is the birth of Jesus in us and among us. This causes a change in mentality. It injects into the hearts of all (whether European, Asian, Australian, American or African) the same sentiments that Christ had in the face of circumstances, individuals and society. [...]
The Word lived sets us free from human conditioning. It gives joy, peace, simplicity, fullness of life, light. It makes us follow Christ, transforming us bit by bit into ‘other Christs’.
Christ, the Church’s one foundation
But there is one Word that summarizes all the others. It is love: to love God and our neighbour. In these two commandments Jesus sums up ‘all the law and the prophets’ (Mt 22:40).
The fact is that each Word, although expressed in human terms and in different ways, is the Word of God. Yet since God is Love, every Word is love.
How should we live this month? How can we bind ourselves to Christ ‘the Church’s one foundation’?
Augustine of Hippo once said, ‘Love, and do what you will.’[1] In effect he was summing up the law of Gospel life, because if you love you will not go wrong, you will do God’s will to the full.
Chiara Lubich
[1] Homily 7 on the First Epistle of John, 8
First published in January 2005
Every year the Week of Prayer for Christian Unity is held in many parts of the world from 18th to 25th January. Elsewhere it is celebrated at Pentecost.
The theme for the Week of Prayer in 2014, based on 1 Cor. 1:13, is: ‘Is Christ divided?’
In the past, Chiara Lubich used to offer a commentary on the biblical verse behind the Week’s theme for that year. To keep up the tradition and explore this year’s theme, we offer the commentary from January 2005 on ‘For no one can lay any foundation other than the one that has been laid; that foundation is Jesus Christ’ (1 Cor. 3:11).
"Cristo, único fundamento de la Iglesia" (cf 1 Cor 3,11)
Era el año 50 cuando Pablo llegó a Corintio, la gran ciudad de Grecia famosa por su importante puerto comercial y vivaz por sus múltiples corrientes de pensamiento. Durante 18 meses el apóstol anunció el Evangelio y puso las bases de una floreciente comunidad cristiana. Otros después de él continuaron la obra de evangelización. Pero los nuevos cristianos corrían el riesgo apegarse a las personas que llevaban el mensaje de Cristo, más que al mismo Cristo. Nacían así las facciones “Yo soy de Pablo”, decían algunos; y otros, siempre refiriéndose al apóstol preferido decían “Yo soy de Apolo”, o “Yo soy de Pedro”.
Frente a la división que perturba a la comunidad, Pablo declara enfáticamente que los constructores de la Iglesia, comparada a un edificio o a un templo, pueden ser numerosos, pero sólo uno es el fundamento, la piedra viva: Jesucristo.
Especialmente este mes, durante la Semana de oración por la unidad de los cristianos, las iglesias y comunidades eclesiales recuerdan juntos que Cristo es su único fundamento, que sólo mediante la adhesión a Él y viviendo su único Evangelio pueden encontrar la plena y visible unidad entre ellos.
“Jesucristo, único fundamento de la Iglesia”
Basar nuestras vidas en Cristo significa ser uno con Él, pensar como Él piensa, querer lo que Él quiere y vivir como Él vivió.
Pero, ¿cómo fundamentarnos y radicarnos en Él? ¿Cómo llegar a ser uno con Él?
Poniendo en práctica el Evangelio.
Jesús es el Verbo, la Palabra de Dios que se ha encarnado. Y si Él es la Palabra que asumió naturaleza humana, seremos verdaderos cristianos si somos hombres y mujeres que dedican toda su vida a la Palabra de Dios.
Si nosotros vivimos sus palabras, aún más, si sus palabras viven en nosotros, eso nos hace ser “Palabras vivas”, somos uno con Él, nos abrazamos a Él; no vive más el yo o el nosotros, sino la Palabra en todos. Podremos pensar que, viviendo así, daremos un aporte para que la unidad entre todos los cristianos sea una realidad.
Como el cuerpo respira para vivir, así el alma para vivir vive la Palabra de Dios.
Uno de los primeros frutos es el nacimiento de Jesús en nosotros y en medio nuestro. Esto provoca un cambio de mentalidad injertada en el corazón de todos, sean estos europeos o asiáticos o australianos o americanos o africanos, los mismos sentimientos de Cristo frente a las circunstancias, a las personas y a la sociedad.
[...]
La Palabra vivida nos hace libres de condicionamientos humanos, nos infunde alegría, paz, simplicidad, plenitud de vida y luz; nos hace adherirnos a Cristo y nos transforma poco a poco en otros Él.
“Jesucristo, único fundamento de la Iglesia”
Pero hay una Palabra que resume todas las otras, el amar, amar a Dios y al prójimo. Jesús sintetiza en esta “toda la Ley y los Profetas” (cf Mt 22,40).
El hecho es que cada Palabra, aunque expresada en términos humanos y diferentes es Palabra de Dios; pero como Dios es Amor, cada Palabra es caridad.
¿Cómo vivir entonces este mes? ¿Cómo unirnos a Cristo “único fundamento de la Iglesia”? Al amar como Él nos ha enseñado.
“Ama y haz lo que quieras”[1], dijo San Agustín, casi sintetizando la norma de vida evangélica, porque al amar no te equivocarás, sino que realizaras plenamente la voluntad de Dios.
Chiara Lubich
"Cristo, unico fondamento della Chiesa" (cf 1 Cor 3,11)
Era l’anno 50 quando Paolo arrivò a Corinto, la grande città della Grecia famosa per l’importante porto commerciale e vivace per le sue molteplici correnti di pensiero. Per 18 mesi l’apostolo vi annunciò il Vangelo e pose le basi di una fiorente comunità cristiana. Altri dopo di lui continuarono l’opera di evangelizzazione. Ma i nuovi cristiani rischiavano di attaccarsi alle persone che portavano il messaggio di Cristo, piuttosto che a Cristo stesso. Nascevano così le fazioni: “Io sono di Paolo”, dicevano alcuni; e altri, sempre riferendosi all’apostolo preferito: “Io sono di Apollo”, oppure: “Io sono di Pietro”.
Davanti alla divisione che turbava la comunità, Paolo afferma con forza che i costruttori della Chiesa, paragonata ad un edificio, ad un tempio, possono essere tanti, ma uno solo è il fondamento, la pietra viva: Cristo Gesù.
Soprattutto questo mese, durante la Settimana di preghiera per l’unità dei cristiani, le Chiese e le comunità ecclesiali ricordano insieme che Cristo è l’unico loro fondamento, e che soltanto aderendo a Lui e vivendo l’unico suo Vangelo possono trovare la piena e visibile unità tra di loro.
“Cristo, unico fondamento della Chiesa”
Fondare la nostra vita su Cristo significa essere una sola cosa con Lui, pensare come Lui pensa, volere ciò che Lui vuole, vivere come Lui ha vissuto.
Ma come fondarci, radicarci su di Lui? Come diventare una cosa sola con Lui?
Mettendo in pratica il Vangelo.
Gesù è il Verbo, ossia la Parola di Dio che si è incarnata. E se Egli è la Parola che ha assunto la natura umana, noi saremo veri cristiani se saremo uomini e donne che informano tutta la loro vita della Parola di Dio.
Se noi viviamo le sue parole, anzi, se le parole sue ci vivono, sì da fare di noi “Parole vive”, siamo uno con Lui, ci stringiamo a Lui; non vive più l’io o il noi, ma la Parola in tutti. Potremo pensare che vivendo così daremo un contributo perché l’unità tra tutti i cristiani diventi una realtà.
Come il corpo respira per vivere, così l’anima per vivere vive la Parola di Dio.
Uno dei primi frutti è la nascita di Gesù in noi e tra noi. Questo provoca un mutamento di mentalità: inietta nei cuori di tutti, siano essi europei o asiatici o australiani o americani o africani, gli stessi sentimenti di Cristo di fronte alle circostanze, alle singole persone, alla società. [...]
La Parola vissuta rende liberi dai condizionamenti umani, infonde gioia, pace, semplicità, pienezza di vita, luce; facendoci aderire a Cristo, ci trasforma a poco a poco in altri Lui.
“Cristo, unico fondamento della Chiesa”
Ma c’è una Parola che riassume tutte le altre, è amare: amare Dio e il prossimo. Gesù sintetizza in questa “tutta la Legge e i Profeti” (cf Mt 22,40).
Il fatto è che ogni Parola, pur essendo espressa in termini umani e diversi, è Parola di Dio; ma siccome Dio è Amore, ogni Parola è carità.
Come vivere allora questo mese? Come stringerci a Cristo “unico fondamento della Chiesa”? Amando come Lui ci ha insegnato.
“Ama e fa’ quello che vuoi”[1], ha detto sant’Agostino, quasi sintetizzando la norma di vita evangelica, perché amando non sbaglierai, ma adempirai in pieno la volontà di Dio.
Chiara Lubich
[1] In Jo. Ep. tr., 7,8.
Pubblicata su Città Nuova 2004/24, p.7, in versione integrale
Dal 18 al 25 gennaio in molte parti del mondo si celebra la Settimana di preghiera per l’unità dei cristiani, mentre in altre si celebra a Pentecoste.
Quest’anno la frase scelta per la Settimana di preghiera è: “È forse diviso il Cristo?” (1 Cor 1,13).
Chiara Lubich era solita commentare il versetto biblico ogni volta. Per mantenere questo suo apporto proponiamo un suo testo del gennaio 2005 a commento del versetto: “Cristo, unico fondamento della Chiesa” (cf 1 Cor3,11) che potrebbe essere un contributo ad approfondire la frase proposta quest’anno.
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