Estou naquela fase da vida em que mais de 1/4 de século se passaram. E, como a maioria das pessoas da minha geração, tenho me questionado muito sobre minhas escolhas pessoais e, sobretudo, profissionais. Digo sobretudo porque a maioria das pessoas, e me incluo nessa maioria, trabalha no mínimo 8 horas por dia, 5 dias por semana; soma-se a isso uma hora de almoço, mais o tempo gasto em ir e voltar do trabalho, ou seja, mais de um terço do dia é em função do trabalho. Já refleti muito sobre isso e sei que nem todas as pessoas podem se dar ao "luxo" de pensar ou agir como eu por N mostivos, mas acho que se você vai passar a maior parte do tempo da sua vida em função do trabalho, você deve escolher algo que ama fazer.
Quando voltei, vim morar em São Paulo porque teria mais oportunidades de emprego, porque meus irmãos já moravam aqui, porque era mais prático. Por um tempo fiz várias coisas X, mas que me ajudaram a ganhar um pouco de experiência necessária e depois achei o que, por um bom tempo, foi o meu trabalho dos sonhos. Por um lado, não cumpri o meu objetivo de morar um tempo em muitos lugares, por outro, tive a sorte de entrar num mercado considerado por muitos fechado e bem difícil de entrar, a sorte de ter uma pequena bagagem e experiência que muitas pessoas não têm na minha idade, a sorte de estar num trabalho que me deixa feliz ao ver o resultado. Mas é verdade quando dizem que nenhum trabalho é perfeito e talvez achar as imperfeições tenha sido o gatilho para começar uma longa e profunda reflexão no ano passado.
Em meio a essa reflexão, veio o velho dilema: "não sei se me caso ou se compro uma bicicleta". Por enquanto está mais fácil comprar uma bicicleta do que casar. E comprar uma bicicleta, para mim, se encaixa num plano maluco de tirar uma no sabático e viajar pelos cinco continentes. Talvez, seja uma loucura, mas e daí? Loucura mesmo seria seguir meu implulso de fazer isso hoje, agora. É um plano que ainda precisa amadurecer, um planejamento a longo prazo, e quando digo prazo, tenho um: 22 de março de 2017, nos meus 30 anos. Nada está certo ainda, porque pode ser que eu decida me casar em vez de comprar uma bicicleta, afinal muitas coisas podem mudar em três anos; basta pensar que há três anos, 09 de janeiro de 2011, eu nunca teria imaginado que a minha vida estaria como está.
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