Como diz o título, são fragmentos da minha vida, alguns fatos marcantes, importantes, da rotina. E, é claro, como na minha vida existem várias pessoas, esse blog vai acabar virando "Fragmentos de várias vidas". Espero que seja divertoso!



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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A cidade do sol (2007)


Título original: A Thousand Splendid Suns
Autor: Khaled Housseini
Tradutora: Maria Helena Rounet
Editora: Nova Fronteira (Rio de Janeiro)

“– Sinto muito – disse Laila, impressionada por ver que a história de cada afegão é marcada por mortes, perdas e dor. E, mesmo assim, percebe que as pessoas dão um jeito de sobreviver, de seguir em frente. Pensa em sua própria vida e em tudo o que lhe aconteceu, e se surpreende ao se dar conta de que também sobreviveu, que está viva, sentada nesse táxi, ouvindo a história desse homem.”
Herat, 1959. Nasce Mariam, uma harami, ou seja, uma bastarda. Seu pai, Jalil, era rico e já tinha três esposas, sua mãe, Nana, era a empregada. Mariam morou junto com a mãe, numa kolba, longe do centro da cidade por 15 anos. Ouvia a mãe falando mal de seu pai, contando como tinha sido toda a história, estava por perto quando ela tinha as convulsões e ficava esperando ansiosamente pelas quinta-feiras, quando seu pai ia visita-la. Quando fez 15 anos, Mariam pediu de presente para o pai um passeio por Herat e queria ir ao cinema dele ver Pinóquio, mas seu pai não apareceu e ela foi até sua casa. Esperou no portão, dormiu lá, na rua, mas seu pai não apareceu. Ela conseguiu entrar e o viu lá, pela janela da casa, ele estava lá o tempo todo e a deixou dormindo no frio, na rua. Voltou pra casa e sua mãe tinha se suicidado. Foi para a casa do pai que a deu em casamento para Rashid, um homem trinta anos mais velho do que ela que vivia em Cabul, longe de Herat. No começo o casamento foi bom, ele lhe dava presentes e a levava para passear, mas Mariam não conseguia ter um filho, engravidava e perdia. Então conheceu o verdadeiro Rashid, um homem que era violento e batia nela por coisas mínimas.
Cabul, 1978. Nasce Laila, a terceira de três irmãos, a única menina. Ela é vizinha de Mariam e Rashid. Seu pai valoriza muito os estudos, então Laila sempre vai a escola. É apaixonada por seu vizinho e amigo Tariq, um garoto esperto que perdeu uma das pernas graças a uma mina. Os irmãos de Laila vão para a guerra e morrem. Começam os bombardeios em Cabul. Muitas pessoas morrem e as que sobrevivem querem fugir, a maioria para o Paquistão. A mãe de Laila não quer ir e quando finalmente aceita, a casa é bombardeada e Laila fica órfã. Tariq já tinha ido embora com os pais, então Laila se vê sozinha, na casa de Mariam e Rashid que cuidaram dela. Chega um homem que diz que Tariq havia morrido. Sem esperanças e grávida, Laila aceita se casar com Rashid.
Cabul, 1992. As histórias de Mariam e Laila se encontram. Passam a viver juntas, no começo não é fácil, Mariam odeia Laila, sente que ela está roubando tudo o que é seu, mas depois se tornam amigas. Mariam se sente feliz pela primeira vez na vida, tem uma família de verdade. Nasce Aziza, a filha de Laila e Tariq, o xodó de Mariam e quatro anos depois, Zalmai, filho de Laila com Rashid. A guerra está feia, a cidade é tomada pelos talibãs e há muitas regras e punições. Um dia, Tariq aparece e Laila descobre toda a mentira de Rashid que quando fica sabendo por Zalmai do encontro de Laila com Tariq começa a bater nela e tenta estrangula-la, mas Mariam a salva, matando Rashid. Mariam se entrega e é morta pelos talibãs e Laila foge com as crianças e Tariq.
Eles vão para Merree, no Paquistão, onde Tariq viveu durante o último ano. Mas quando Bush declara guerra contra o Afeganistão, os talibãs perdem o poder e Laila decide voltar ao seu país. Antes de chegarem a Cabul, ela passa por Herat e vai a kolba de Mariam, para se despedir. Seu pai havia deixado uma herança para ela, junto com uma carta pedindo perdão e uma fita do Pinóquio. Em Cabul, Laila engravida. É o começo de uma nova vida.

2 comentários:

Rodrigo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tati* disse...

É mesmo, muito bonito mas muito triste também...
BEsos Ro