Como diz o título, são fragmentos da minha vida, alguns fatos marcantes, importantes, da rotina. E, é claro, como na minha vida existem várias pessoas, esse blog vai acabar virando "Fragmentos de várias vidas". Espero que seja divertoso!



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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Qual é o seu sonho?

Quando somos mais novos, temos muitos sonhos, não é mesmo? Como pensar no que vamos ser profissionalmente, ou encontrar o amor da nossa vida e ter uma família, ou ter uma casa e um carro, ou construir um mundo melhor.

Conforme vamos ficando mais velhos, os sonhos meio que vão indo embora. Um pouco porque parecem meio bobos, um pouco porque pode ser que sejam algo muito distante que não vamos conseguir alcançar, um pouco porque vamos ficando mais realistas e menos idealistas... um pouco por vários motivos, por pensar muito.

O meu sonho, talvez não tanto um sonho, mas mais uma meta, já foi ter um emprego, casar, ter filhos, ter uma casa, um carro, estabilidade financeira (nada disso aconteceu ainda). Já foi construir um mundo unido. Já foi viver viajando. Já foi ser famosa.

Daí, a um certo ponto da minha vida, meus sonhos desapareceram. Eu não conseguia responder a pergunta "Qual é o seu sonho?".

Então, comecei a me perguntar qual era o meu sonho. Na verdade, ainda não cheguei a uma resposta definitiva, provavelmente porque ela não existe. Mas estou construindo o meu sonho.

Conversei sobre isso com alguns amigos outro dia e um deles disse que não tinha um sonho, então perguntei: "Por que você não tem um sonho?" e ele não sabia a resposta. Eu entendo, porque também não sei porque abandonei os meus sonhos em algum momento que nem mesmo se quando foi.

Retomei esse pensamento de ter um sonho porque talvez aí esteja a chave da felicidade, do propósito: ter um sonho e checar de tempos em tempos se você está agindo de forma a chegar mais perto de realizá-lo. Não importa se ele é impossível ou muito difícil de atingir, contanto que você esteja fazendo a sua parte para ir em direção a ele.

E qual é o meu? O clichê casar, ter filhos, casa, carro emprego, dinheiro? Talvez eu queira algumas dessas coisas, mas não são propriamente meus sonhos, parecem pequeno demais para ser um sonho. Talvez possam ser chamados de objetivos. O meu sonho é algo maior, mais complexo, que envolve muito mais pessoas: fazer com que o mundo seja um lugar melhor do que quando cheguei nele. Isso parece ser impossível considerando tudo o que está acontecendo agora: a pandemia, a política, os preconceitos, os desequilíbrios emocionais... Então, pensei em algo um pouco mais palpável e que pudesse se encaixar na minha vida, ter uma ligação com o que faço e estou construindo algo na linha: meu sonho é que as pessoas possam sair de suas bolhas e encontrar momentos de entretenimento.

Meu primeiro emprego de carteira assinada foi na Panini e eu saí de lá depois do meu primeiro dia pensando que eu gostaria de trabalhar lá pelo resto da minha vida, afinal, quem não gostaria de trabalhar com entretenimento, com os seus hobbies, não é mesmo? A um certo momento, entrei numa crise porque pensei que estava trabalhando com algo que não dá tanta contribuição assim para o mundo, que é supérfluo. Basta pensar que quando há alguma crise, a primeira coisa que as pessoas cortam é o entretenimento. Só que não é tão dispensável assim, né? As pessoas precisam de momentos de escape. E entretenimento pode ser de graça, tipo ir a um parque, ou encontrar os amigos e dar umas boas risadas, ou ficar viajando na maionese.

Então, voltando ao meu sonho: eu gostaria que todas as pessoas do mundo pudessem ter momentos de diversão, que todos pudessem ter um tempo de parar para pensar no que elas gostam de fazer, que pudessem parar de fazer um corre por alguns instantes e fazer algo divertido! Eu queria que todo mundo pudesse viajar um pouco, seja para outro continente, outro país, outro estado, outra cidade ou mesmo outro bairro, que as pessoas pudessem experimentar um pouco de outra bolha, que pudessem ver que existem tantos outros mundos, tantas pessoas diferentes! Eu queria mesmo que as pessoas saíssem de si mesmas, que escutassem o que o outro tem a dizer, que entrassem nos pensamentos alheios para ver a diversidade, porque assim fica muito mais fácil você voltar para a sua cabeça e se entender melhor. Vai virar uma bagunça? Sim, vai, mas depois você consegue juntar os pedaços e se tornar uma pessoa muito melhor, enriquecida por outras experiências. Meu sonho é algo assim.

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